ETERNOS NAMORADOS... (164)
Noite de inverno, fria, céu estrelado,
Coloca um xale nos ombros,
Sai para a rua, caminha sobre os escombros,
De um antigo sonho, pela vida, adiado...
Vai, até o parque da esquina, passos cansados,
Nesta hora vazio, como os corações dos abandonados,
Iluminados pela lua, seus cabelos brancos,
Refletem as luzes e seus desencantos...
Ele se foi, não esquece aquele momento,
Disse que voltaria, mas, faz tanto tempo,
Já não o espera a saudade é seu alento,
Enrola-se no xale e clama, pelo esquecimento...
A luz no parque, pouco ilumina,
Reconhece o vulto que dela se aproxima,
Senta ao seu lado e chora, num pranto pungente,
Pede perdão... A abraça e beija... Como antigamente...