Das Vidas que se Vão pelos Dias Intermináveis

Os dias passam depressa

e já não há promessas

de o sol na manhã ressurgir

mas eu o espero no amanhecer

e espero as flores e os colibris

que semeiam alegrias na janela

da alcova onde guardo os sentimentos

e o resto passa como o vento.

Os dias passam depressa

e eu já não tenho a mesma idade

sinto a essência esvair-se de mim

e minha casca está deteriorando

junto as pedras e as montanhas,

junto aos pássaros e a Macedônia,

junto as árvores e as caledônias,

junto ao universo em decomposição.

Os dias passam depressa

e o que ficam são recordações

amplificadas nos corações

que não se cansam das paixões,

que não se cansam das poesias

que ficaram gravadas nos dias,

que ficaram gravadas nos livros

que eu carregarei junto comigo.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 11/06/2014
Código do texto: T4840756
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