Que intenso deserto
como nunca houve,
cosendo noites em noites, silenciosamente,
envolvendo-me, encobrindo-me, monopolizando-me.
São só areias os versos de mim,
e as estrelas?
e o céu que aqui havia se o aqui se foi?
Carregamos tantas lenhas para cozer delícias para o amor
sem sabermos que o puro amor bastava - Ah... bastaria!
E em meu cansaço ouvi o vento areento
com mãos quebradas de tantas inúteis lenhas
com  sono estagiário de tudo,
e o sonho de morte
a roçar a minha pele ambígua.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 10/06/2014
Reeditado em 10/06/2014
Código do texto: T4839677
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