O VOYEUR

Há um sinal

Na janela do quarto

Deixado ao acaso

Do aventureiro

Que queira subir

E não mais voltar

É apenas pele

Semblante de um rosto

Disposto a mais

Do que ser linda

Numa noite qualquer

E ser este qualquer

Quer subir

Ser homem p’ra

Uma mulher

É antes de um nome

O que atrai

Se torna ainda mais

Caro do que a fome

Não sacia desejos

Mais cedo

Depois da tarde

Nasce de novo

Aquela que pede

O que protege

Encontra o vacilo

Ela quer o sem aviso

A surpresa que sobe

E não mente

Agarra destrói paredes

Lhe joga

Sem roupas

Deixando tonta

E tem apenas o suor

Pra matar a sede.