Conte até três
Opaco senso
Que traz o vento
Razão sem tento
Que rege minha alma
Com calma, a divagar
Uma estrela que brilha por sobre o mar
Escuta uma onda que se faz quebrar
Onde pairam as pontes que refletem o pensar
Algemas e dores no peito
Anseio que pulsa sem freio
A vontade a sair, à sua sorte
Sem mais demoras e esteios
Sou centro, não oposto
O que me atrevo a pensar hoje está imposto
Sem regras, redijo este esboço
Sem idéias ou mentiras, traço nesta parede oca
Só esfregue a lâmpada uma vez
Para que faça os desejos ao ar
Que o vento traga a soprar
Pelas pontes que movem o seu pensar
Conte até três... .