NÃO SER SUJEITO

Pintando óculos

Em volta do olhar

Rosto desenhado

Pra descobrir a pureza

Certa leveza

De andar mais alto

Não figura nada

Usa uma espada

cintilante

Feito das cinzas

A endemia das missas

O desgraçado

Que procura uma fé

Interrompe

Meu discurso

Com a morte

Voou do alto

Pra descer

Não sei porquê

Ao meu lado

Dizer o que

Ouve músicas

Nas fileiras do cotidiano

Que me interessa

O mesquinho

Que o abutre o encontre

Pastando velando

Um diário

Cheio de mistérios

Apenas um invento

Nada mais sério

Prefiro a vivência

Do jugo da ciência

Irromper

As tardes de chá

A vontade

De quem mal vê

Onde nasceu

“Vou a onde estão os altares

Que ninguém vela

Quanto mais se importam

Erguem sinais estranhos

A sua porta”.