Afinação constante
Afinar-se.
Num doce misturar de coisas, dado no poder das palavras, no eco das atitudes, amiúde, balançante na vibração da vida.
Dedicar-se.
Numa dezena de tarefas dadas ao fazer, entregues a certo querer, determinadas, acabadas, domesticadas por não saber, ser-viver.
Modificar-se.
Numa tentativa estasiante de querer dizer, fadados ao fim das decisões, programadas, festejadas e tanto esvaziadas em si.
Enternecer-se
do belo que é vendido, como o amor que é definido, esquematizado, montado, fadado a tender, falado e pouco apreciado, (como num sentido que se não se deixa ser só o que é, sozinho e apaixonado.
Alimentar-se
Num corpo de vacilos que chamamos de vício, defasado por suas mil faces, cujo habito teima a se desarmonizar com o igual, buscada no diferente, sedenta, faminta, entediada pela limitação, seja na alma ou nas satisfações do corpo, nunca cessa, nunca quer parar.
É vício, é dever, é ser; -Come!