A Rosa

Quando em quando a olhar a lua de madrugado fico

Tenho-me no peito um ar desses de arrependido

De não ter falo palavras meigas e nem bonitas

E nem de haver comparado-a uma rosa comigo.

Feliz de ter na vida uma rosa, de tê-la, de vê-la, de tocá-la...

Infeliz hoje de não ter cheirado-a como se devia eu sou.

Pois bem, feliz eu era quando a tinha comigo.

Hoje já não sei o que vivo ou o que sou.

Se Deus não fosse surdo aos meus gemidos,

Eu lhe pediria outra rosa,

Pois que a mesma, já não me dá ouvidos.

As noites passam, mas já nem parecem passar;

Outras hão de vir, e outras, e mais outras... Será?

É irônico viver de imaginar.

Xandy Bernardo
Enviado por Xandy Bernardo em 09/06/2014
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