Poema Incógnito

Incógnito como uma rosa
perdida na esquina
vagueei por ruas nocturnas
silencioso e triste

Sentia-me só e sentido
à procura de outra alma
na perdição dos tempos
que nos juntariam
para a eternidade

Passeei na praia
ao sabor das ondas
e lá longe vi uma sereia
com cânticos celestiais

Meu coração sentia o impossível
perante tal doçura
que não passava de uma sereia
vagueando pelos mares

Meu corpo oscilou
perdido na intempérie
das ondas do mar
E assim parti ao seu encontro

Fiquei deslumbrado
e ela levou-me para uma ilha
a ilha dos amores
com outras sereias belas

Então dei-lhe um beijo
na serenidade dos tempos
longínquos e desconhecidos
e a transformação deu-se

Tornara-se numa princesa
coberta de rosas
Nadámos para terra firme
e ali o segundo beijo

Perdido na praia
esquecera-me do futuro
e ali fiquei para a eternidade
de um verdadeiro amor.


pedrovaldoy
Enviado por pedrovaldoy em 11/05/2007
Reeditado em 14/02/2010
Código do texto: T483787