O pedinte (poesias cotidianas)
A mão passa de pessoa a pessoa,
A voz parece robotizada,
Como se já fosse programada.
Assim também é seu discurso,
Tão calejado de tanto uso,
Triste e me dizendo absurdos.
O pedinte está pedindo,
Quero ajudar,
Mas paro e imagino,
Será que ele está a me enganar?
Tendo esta impressão,
Não lhe ajudo.
Mas me arrependo,
Quem sabe num futuro.