Meia Lua e Meia

Lua medíocre de lirismo mediano
De luz na metade escura do azul
De estrelas sombrias no espelho
De nuvens em movimento cigano.

Noite, casa das saudades vivas 
O peito aberto no céu infartado
Do músculo cardíaco asfixiado
O sangue vai revigorar estrelas. 

Lua bonita, que se não absoluta 
Alcança o poeta vivo todo tremor
Em luminárias inquilinas da Terra
Amor sem a escuta do meu pavor.

Noite, abriga nas brigas do sono 
O fantasma, o colorido do fulano
Figurante, sóbrio ou desfalecido 
Do lúcido que acorda ao profano.
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 08/06/2014
Reeditado em 16/06/2014
Código do texto: T4837010
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