Meia Lua e Meia
Lua medíocre de lirismo mediano
De luz na metade escura do azul
De estrelas sombrias no espelho
De nuvens em movimento cigano.
Noite, casa das saudades vivas
O peito aberto no céu infartado
Do músculo cardíaco asfixiado
O sangue vai revigorar estrelas.
Lua bonita, que se não absoluta
Alcança o poeta vivo todo tremor
Em luminárias inquilinas da Terra
Amor sem a escuta do meu pavor.
Noite, abriga nas brigas do sono
O fantasma, o colorido do fulano
Figurante, sóbrio ou desfalecido
Do lúcido que acorda ao profano.
Lua medíocre de lirismo mediano
De luz na metade escura do azul
De estrelas sombrias no espelho
De nuvens em movimento cigano.
Noite, casa das saudades vivas
O peito aberto no céu infartado
Do músculo cardíaco asfixiado
O sangue vai revigorar estrelas.
Lua bonita, que se não absoluta
Alcança o poeta vivo todo tremor
Em luminárias inquilinas da Terra
Amor sem a escuta do meu pavor.
Noite, abriga nas brigas do sono
O fantasma, o colorido do fulano
Figurante, sóbrio ou desfalecido
Do lúcido que acorda ao profano.