Às margens da ferrovia


Meu olhar vislumbra...
As papoulas... aos milhares,
E, botões em florescência,
Na margem da longa trilha...
O ruído levemente sacolejante
Me traz suave sonolência.
Deleito-me no ar primaveril
Apreciando esse jardim
Ao longo da ferrovia...
Um renascer delicioso
Enche-me as retinas vivazes,
A vida anda fervilhante!
Trilhos... campos de flores,
Despedem-se de mim, viajante.
Longe, o horizonte se funde...
Com a neve que ainda habita
Os cumes das colinas.
Cansada, retorno pra casa...
No caminho, as flores se abrem
Adornando o chão, avermelhadas.
Juntinhas umas às outras,
Sorriem matreiras... coloridas,
Floridas, enfeitando a terra.

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                   IZABELLA PAVESI
                        (18.05.2014)        
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              foto: internet