O VAZIO DO TAO

E que tal,

o Tao

de um copo

de vodca

servido com gelo

psicodélico.

Acompanhado por preces

de Bíblias diferentes,

de católicos e evangélicos.

Ou um mantra

de quarta geração,

desses cuspidos

em festas,

nas ruas da ilusão.

Num coquetel

servido com tubaínas,

ninguém se importa

em desacatar

os ouvidos.

Ou o sexo

nos motéis improvisados,

os manuais

de Kama Sutra

se rasgando envergonhados.

No gozo

o troféu filmado,

e depois,

estampado na rede.

Uma sede

humana fatal

de se chegar

ao último estágio.

Os animais

não são psicodélicos,

não murmuram mantras,

nem buscam o Tao

em preces vazias.