Luxúria das janelas
Luxúria das janelas
Eu inteiro e vazio.
Eu sob uma rocha que boia no rio
Eu caindo sobre minhas crenças!
Espatifei-me.
Meus pedaços entrelaçados
Meus ouvidos, boca e olhos não sepultados
São meus mais ferrenhos acusadores.
Espatifei-me.
Um crime contra as flores
Um atentado às minhas dores
Seria sorrir de plena felicidade...
Espatifei-me.
Poesia encomendada, entre as janelas.
Há certo tom de luxúria (cadelas!)
Deleitam-se quando nós estamos espatifados...