Luxúria das janelas

Luxúria das janelas

Eu inteiro e vazio.

Eu sob uma rocha que boia no rio

Eu caindo sobre minhas crenças!

Espatifei-me.

Meus pedaços entrelaçados

Meus ouvidos, boca e olhos não sepultados

São meus mais ferrenhos acusadores.

Espatifei-me.

Um crime contra as flores

Um atentado às minhas dores

Seria sorrir de plena felicidade...

Espatifei-me.

Poesia encomendada, entre as janelas.

Há certo tom de luxúria (cadelas!)

Deleitam-se quando nós estamos espatifados...

Izaías Serafim
Enviado por Izaías Serafim em 06/06/2014
Código do texto: T4835138
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