Companheira...

A solidão me consola, acompanha

Aconchegada em meu peito

Qual lactente imberbe, dependente...

Qual amante caliente

No início da paixão despertada.

Enamora-se de mim

Com olhos de encontro

E beijo de saudade...

Chegou-se, fez morada

Pois encontrou minha emoção desabitada

E me acalenta com seu pouso morno

Aquecendo-me do frio

Que minha alma se encontrava.

Habitante dos meus sonhos

Já não pode, de estrangeira ser chamada

Pois jaz parte de mim

Por tão longas décadas hospedada!

Observadora
Enviado por Observadora em 06/06/2014
Reeditado em 06/06/2014
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