Companheira...
A solidão me consola, acompanha
Aconchegada em meu peito
Qual lactente imberbe, dependente...
Qual amante caliente
No início da paixão despertada.
Enamora-se de mim
Com olhos de encontro
E beijo de saudade...
Chegou-se, fez morada
Pois encontrou minha emoção desabitada
E me acalenta com seu pouso morno
Aquecendo-me do frio
Que minha alma se encontrava.
Habitante dos meus sonhos
Já não pode, de estrangeira ser chamada
Pois jaz parte de mim
Por tão longas décadas hospedada!