AS CINZAS DO CORAÇÃO

O coração solta labaredas

E queima-me as mãos,

Se o tento segurar.

Não, não consigo

E nem mais tentarei.

Vou deixá-lo

que se queime sem o tocar.

Quando estiver em cinzas,

Levo-as e jogo-as ao mar,

Assim não saberás

Que por ti tornou-se brasas

E em cinzas se acabou.

Olharás o horizonte

E, na sombra ao longe,

Pensarás na última ave que voa

e no barco que partiu.

Dalva Molina Mansano

06.06.2014

00:31

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 06/06/2014
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