Poética
Tu, que até meu silêncio entendes,
És a praia que sempre procuro
Nas noites sem lua.
Tu, que me guardas em teu abraço
Quando o frio percorre meus instantes,
És a companhia que não terei
Nesses momentos mais recônditos.
Tu, que não te cansas de mim,
És a última força
Que nunca perderei...
Em ti, vivem os sonhos irrealizados
E as mádidas saudades que me compõem.
Toda a alegria que me sorri...
Toda a dor que se dissipa...
Todo o amor que nasce...
Em ti, eu crio a minha felicidade
E fujo dos ventos mais frios -
Só me importam os ventos febris...
Em minhas mãos, tu acordas.
Em tuas mãos, eu adormeço.
Porque és assim, Poesia:
Amor inefável que constitui
Cada desejo de meu espírito,
Cada manhã
De cada sonho...
05/06/2014