Carne e Poesia
Ouvi o quente suspiro no silêncio.
Na imensidão da fria noite escura.
Seguido de um sussurro tenso,
Clamando por minha língua chula.
Senti uma mão em minha perna.
Pele suave que o meu corpo eriça,
Acordando o bruto que hiberna,
Atiçando o louco que em mim habita.
E logo uso minhas mãos terríveis,
Taradas de amor, certeiros mísseis!
Que buscam as curvas sinuosas,
De um corpo que devoro em níveis,
Que desconhecem os mais sublimes,
De carne, sexo, poesia e prosa.
IGOR LEITE