O teatro dos horrores

Quando o bom senso

é censurado a favor da anarquia,

e o descaso é forjado

acobertando a hipocrisia,

percebo nas entrelinhas

o manifesto dos nefastos.

Quando a mente não desmente

a tirania do absurdo,

numa taquicardia doente

por questões sem valores

em favor do vale tudo,

descubro na penumbra,

a podridão dos ditadores.

Quando as questões questionáveis

são regidas pelos horrores

dum maestro temperamental.

Uma orquestra sem violinos,

executa sob a batuta do improviso,

sem pentagrama, novas razões do mal.

Então os absurdos se fazem profanos

e sem opção, a plateia atônita,

aplaude de pé, mesmo sem entender a peça.

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 04/06/2014
Reeditado em 20/07/2015
Código do texto: T4832082
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