O teatro dos horrores
Quando o bom senso
é censurado a favor da anarquia,
e o descaso é forjado
acobertando a hipocrisia,
percebo nas entrelinhas
o manifesto dos nefastos.
Quando a mente não desmente
a tirania do absurdo,
numa taquicardia doente
por questões sem valores
em favor do vale tudo,
descubro na penumbra,
a podridão dos ditadores.
Quando as questões questionáveis
são regidas pelos horrores
dum maestro temperamental.
Uma orquestra sem violinos,
executa sob a batuta do improviso,
sem pentagrama, novas razões do mal.
Então os absurdos se fazem profanos
e sem opção, a plateia atônita,
aplaude de pé, mesmo sem entender a peça.