Por certo, não sabes

Por certo, não sabes o quanto te amei um dia,
A cada dia, por todos os dias de minha vida,
Tempo em que me mantive distante, na lida,
Quando só te retive nos braços em minha poesia.

Por certo, não sabes o quanto te amei cada tarde,
Vendo o sol a se por triste no horizonte distante,
Tendo por companhia a presença da lua amante,
Que ouvia meu grito contido no peito, sem alarde.

Por certo, não sabes o quanto chorei a cada noite,
Noites de solidão, abraçado ao travesseiro que ainda
Rescendia o suave olor de teu amor, noites infindas,
Intermináveis, a saudade a me fustigar como açoite.

Por certo, não sabes do frio de madrugadas que varei,
insone, sem o calor de teu corpo, sem teu aconchego,
a revirar na cama vazia, que por vezes até chego
a duvidar que sobrevivi, do tanto que te amo e clamei.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 04/06/2014
Código do texto: T4832018
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