Desses passos que a hora dou,
sem mapas nem bússolas,
em versos descalços e sem alardes;
deixando, às margens, rastros de vida,
deixando pra vida o que dela me arde
Sei que muitas vezes me morro
por viver a esmo - por viver de menos -
desconhecendo-me nos meandros
dessas velhas estradas;
por não saber caminhar nesse chão
com passos que apenas traduzo em asas.
Denise Matos