EPÍTOME
Sinto uma fome que não tem nome
Uma baita fome que percorre a depressão e o monte
De tudo que vejo não sei onde ou aonde
Só sei que é uma fome que se esconde
Reaparece e some, maldita fome que
Comprime o abdome e carcome sem prenome.
Sinto uma fome que não tem nome ou sobrenome
Não usa cognome, pronome e nenhum tipo de nome
Mas é sempre ela, a vil fome que come, corrompe, rompe
Dessa forma que te consome mesmo que a dita fome não parta de ti.
ZARONDY, Zaymond. Poe_Suas & Poe_Minhas. São Paulo: Grupo Editorial Beco dos Poetas & Escritores Ltda., 2017.