EPÍTOME

Sinto uma fome que não tem nome

Uma baita fome que percorre a depressão e o monte

De tudo que vejo não sei onde ou aonde

Só sei que é uma fome que se esconde

Reaparece e some, maldita fome que

Comprime o abdome e carcome sem prenome.

Sinto uma fome que não tem nome ou sobrenome

Não usa cognome, pronome e nenhum tipo de nome

Mas é sempre ela, a vil fome que come, corrompe, rompe

Dessa forma que te consome mesmo que a dita fome não parta de ti.

ZARONDY, Zaymond. Poe_Suas & Poe_Minhas. São Paulo: Grupo Editorial Beco dos Poetas & Escritores Ltda., 2017.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 02/06/2014
Reeditado em 16/11/2017
Código do texto: T4830020
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