Revirados

Passaram-se oportunos

E depois, passando-se tempo,

Lhe vi,

Olhei em seus olhos, e você,

Retribuiu... Quem diria!

E mesmo com tão bruto silêncio

Por ambas as partes...

O seu olhar continuava a dizer coisas infinitas,

E eu lhe permitia o mesmo.

Com os desvios, deixava-se claro

Que já bastava.

O que tinha de saber, sabia!

E mesmo negando e evitando

Sentimentos rolaram,

Por tanto, quanto, revirados.

Procurei de novo seus olhos.

A cada procura, me permitiam saber mais.

Como se governássemos um ao outro.

E, em tantos olhares, desvios

Descobri que, cultuávamos sentimentos iguais.

E não assumindo, guardou-se,

Em algum lugar, podendo ficar ali tempos e tempos,

Sem que acabe.

Revivendo a nossa vontade!

Diovana Moreira
Enviado por Diovana Moreira em 02/06/2014
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