Revirados
Passaram-se oportunos
E depois, passando-se tempo,
Lhe vi,
Olhei em seus olhos, e você,
Retribuiu... Quem diria!
E mesmo com tão bruto silêncio
Por ambas as partes...
O seu olhar continuava a dizer coisas infinitas,
E eu lhe permitia o mesmo.
Com os desvios, deixava-se claro
Que já bastava.
O que tinha de saber, sabia!
E mesmo negando e evitando
Sentimentos rolaram,
Por tanto, quanto, revirados.
Procurei de novo seus olhos.
A cada procura, me permitiam saber mais.
Como se governássemos um ao outro.
E, em tantos olhares, desvios
Descobri que, cultuávamos sentimentos iguais.
E não assumindo, guardou-se,
Em algum lugar, podendo ficar ali tempos e tempos,
Sem que acabe.
Revivendo a nossa vontade!