Viagem

Descortino as razões da espera

e tempero o enredo da busca,

renuncio o acaso da vida

e me encontro em outra renúncia.

Na viagem que o tempo se abre

sou das marcas, o marco primeiro,

derradeiro na fúria do vento

mas lamento para ser o inteiro.

Sou a mancha cravada na túnica

presa fácil de quem me desdenha,

e por ordem do meu consciente

vou teimar retirando outra senha.

E assim descansando

no alpendre de minha casa nova,

deixo que a vida brinque descuidada.

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 01/06/2014
Reeditado em 23/08/2024
Código do texto: T4828758
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