Quando o acorde não vem
O olvido que me dilacera
tange a espera do meu infinito,
e o grito ecoando meu peito
traz a soma de meu desencanto.
Entre sinos e notas bemóis
meu lampejo solfeja outros hinos,
dividido entre a pluma e o vento
sou a clave dos meus desatinos.
Pentagrama sem sonoridade
traço sempre linhas indefesas,
sem figuras e símbolos na pauta,
sou peralta de minhas tristezas.