Quando o acorde não vem

O olvido que me dilacera

tange a espera do meu infinito,

e o grito ecoando meu peito

traz a soma de meu desencanto.

Entre sinos e notas bemóis

meu lampejo solfeja outros hinos,

dividido entre a pluma e o vento

sou a clave dos meus desatinos.

Pentagrama sem sonoridade

traço sempre linhas indefesas,

sem figuras e símbolos na pauta,

sou peralta de minhas tristezas.

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 01/06/2014
Reeditado em 20/07/2015
Código do texto: T4828751
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.