Rio Seco

Madruguei alguns versos bobos

para colorir uma manhã de abril,

versei entre penhascos e montanhas,

mas era um rio que buscava descrever.

Encontrei o rio que busquei, mas,

qual o quê, com ele veio-me a tristeza,

então a manhã de abril se descoloriu,

e o poema voltou à madrugada fria,

sem métrica, sem rima, sem enredo, sem nada.

O rio imaginado,

infelizmente não existe mais.

E o poema,

simplesmente não tem razão pra vir.

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 01/06/2014
Reeditado em 23/08/2024
Código do texto: T4828745
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