Rio Seco
Madruguei alguns versos bobos
para colorir uma manhã de abril,
versei entre penhascos e montanhas,
mas era um rio que buscava descrever.
Encontrei o rio que busquei, mas,
qual o quê, com ele veio-me a tristeza,
então a manhã de abril se descoloriu,
e o poema voltou à madrugada fria,
sem métrica, sem rima, sem enredo, sem nada.
O rio imaginado,
infelizmente não existe mais.
E o poema,
simplesmente não tem razão pra vir.