Da Pequena

Minha grande mulher pequena, sem tamanho, é o amor

esse que tem o seu sabor...que deixa tão doce e serena

a minha alma morena, ao beber dessa trigueira cor...

desses olhos de mel...de flor...de veneno que não envenena.

Minha pequena grande mulher, meu peito é feito um rio

que se encheu, quando te viu...quando bebeu do seu bem-me-quer

saciando sedes quaisquer que meu fundo coração sentiu

porque fui um leito vazio e sem uma nascente, sequer.

Imensurável mulher minha, não quero posse ou poder

quero dar liberdade e ter...quero o que, antes, não tinha

quero o bem que acarinha...que faz rir de se contorcer

que, por tanto bem-querer, esculpe (na alma) uma covinha;

quero, bem de manhãzinha, seu sorriso para o sol nascer...

quero pois, entristecer, é não te ver sorrindo...e sozinha.

31-05-2014

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 01/06/2014
Reeditado em 11/12/2015
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