NO MEU CORPO

Ela tira seu sobretudo

E faz pose

Roupa íntima

Cor de vinho doce

Que bebo

Como se fosse

Toda liquida

meus lábios ácidos

lhe deixam derretida

desmaiada

em olhos de menina

que brinca

ao redor

de uma casa ainda

desconhecida

quer penetrar

no mundo bárbaro

quer no fundo

o que é caro

a delicia de poder

tê-lo roubado

tesouro raro

que deixa ali

quando alguém partir

vai voltar

pra buscar

o que lhe fez sorrir.