QUANDO CAI O VÉU

Na solidão da minha tristeza

uma fraqueza me assaltou...

A ilusão saiu "à francesa"

Desilusão o que me restou...

Daquela grande paixão que cria

ser ela minha força sem fim

Ficou somente a chama fria

bruxuleante que arde em mim...

Da ousadia de um pensamento

Que discursava, tudo podia!

Verborragia que eu lamento

ao refletir nos meus novos dias...

Ou dos secretos sonhos abertos

dos meus desejos, sim! proibidos!

Agora todos findos decretos

que na memória são exibidos...

No meu presente vejo sentido

ir apontando ao meu futuro

É como o broto do fruto erguido

que foi nascido no grão maduro...

Desiludida da minha vida!

Você agora é só lembrança

Recordações se vêm atrevidas:

Senis vontades duma criança...

Autor: André Pinheiro

13/04/2014