O Fado do Tejo

Nos mais vividos não se percebia a alegria
Procuras no passado com palavras duras
São, nos temporais da memória, chuviscos
Rabiscos soltos, letras bravas aos ventos.

Um humor morto na dinamite dos vocábulos
A saudade por já ter sabido como se sonhar
O mar que crescia rio, o tédio do Tejo no ar
Olhos adocicados pelas lágrimas recuadas.

A navalha da voz do veloz cantado no fado
Trapos das fardas emprestadas da batalha
Da guerra onde não morreu alma ou soldado
Calado, o rosto da terra do ocidente, sofreu.
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 31/05/2014
Reeditado em 02/06/2014
Código do texto: T4826834
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