Alma em Recolhimento

Às vezes minh’alma se recolhe

junto ao sol e o crepúsculo

e ficam sequelas do entardecer

com suas cores atrozes e lúcidas.

Às vezes não há o sentimento,

o que ficam são olhares e friezas

a contemplar um mundo doente

onde as feridas jazem incuráveis.

Às vezes me detenho na poesia

ríspida que desaba qual avalanche

que carrega as vidas, os sonhos;

me detenho em um cálice de vinho.

Às vezes calo-me e espero a germinação

dessas sementes que semeio ao caminho,

eu colho as flores com um toque de carinho

e ofereço-as aos percalços do infinito.

Às vezes minha alma se recolhe

em uma escuridão interminável

mas, é quando vislumbro as estrelas

que pelas noites fazem-me divagar.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 29/05/2014
Código do texto: T4824921
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