ESTA CANETA TRAQUINA!

Esta caneta traquina

Que não para de escrever

Escreve por mão tão fina

Que por vezes desatina

Começa a tinta a escorrer!

É mesmo muito travessa

Esta caneta em que pego

Mesmo que não queira começa

E no papel tropeça

Dedilhando o que não nego!

Oh! Que caneta maldosa

Fervilhando com rigor

Por me saíres tão vaidosa

“Vestes” de versos e prosa

Nas cartas pró meu amor!

Se um dia por traquinice

Chegar a ser roubada

É como se eu nunca ouvisse

As frases que alguém me disse

Nessa folha esbranquiçada!

Eu bem sei que é irrequieta

Pois descreve o teu olhar

É das linhas, predilecta

E da alma do poeta

Encontra-lhe o verbo amar!

Tu pega nela também

Tira do passado o pó

Saberás ser outro alguém

Pois quem uma caneta tem

Jamais se sentirá só!

Apenas uma caneta assim

Transporta satisfação

E entre flores de jasmim

Leva poemas de cetim

Ao teu terno…coração!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 29/05/2014
Código do texto: T4824806
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