Ode às miragens subterfúgias

Mostra-me frio inventário

Acenando trigo em joio

Eis-me reles visionário

Nem almejo escalar, desconexo,

Firmamento vil e impérvio...

Matutando, encontro o céu

Do assoalho da luz infinda

Alucinando minha retina

De encontro ao papel

Numa canção surreal, cândida,

Censurada... desatina

Feito lacuna que me deste

Favor fizeste, e vieste, e sumiste,

Como pólvora em Segunda Guerra

Cá, emana, um fio de terra

Em homenagem a um fio de cabelo

No hipocampo do desmazelo

Em miragens indecifráveis

E é isso, em viés, que, para mim, és:

Ato falho e lapso abstinente

Naquilo real, porém, inexistente...

(NJSM, 29/05/2014)

Dr Niedson Medeiros
Enviado por Dr Niedson Medeiros em 29/05/2014
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