Sobreviver

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Ainda restava um rio

Daqueles o único sobrevivente

Sofria com medo e calafrio

Pelos ataques freqüentes.

Seu pulmão era pura areia

Vindo da veia da nascente

Sua imagem estava tão feia

Representava um aspecto doente.

Pedia socorro aos gritos

Que alguém pudesse lhe defender

Pois da região já foi o mais bonito

Hoje, vive tentando sobreviver.

Em sua volta terra gradeada

Nenhuma sombra de arvoredo

Na suas margens arvores encalhada

Onde pássaros se beijaram em segredo.

E aquela água tão cristalina

Pronta para viventes beber

Sofre danos de mãos assassinas

Que ignora o seu sofrer.

Vi barrancos já desbotados

Água amarela sem vida

Seu leito contaminado

Seu desaguar sem saída.

Sabes que é uma ida sem volta

Belos rios que não vão ressuscitar

Algo real que causa revolta

Antes de destruir queira pensar.

Francisco Assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 29/05/2014
Código do texto: T4824448
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