Uma lágrima de amor

Fria noite em densas trevas mergulhada

Em que vagam tenebrosas solidões

Que traz ao forte peito intensas vibrações

Com as lembranças da pessoa mais amada

Amor no passado distante residente

Que tão quieto e silencioso mundo habita

Impetuoso vento que o mar agita

No peito acorda o gigante que jaz dormente

E nesta noite que é ainda mais escura

De um dos olhos brota viva e cristalina

Nasce com força, nasce meiga, nasce pura,

Nasce senhora, tão donzela, tão menina

Tão pressurosa de sua fonte logo parte

Como o que escape de um labirinto busca

Oh! Que partida majestosa. Oh! Que arte!

Quem te segura? Quem te prende? Quem te ofusca?

Destemida, não hesita, já se lança

Se entrega à sorte, à gravidade não resiste

Tão pequenina, tão cheia de esperança

Que espetáculo! Que cena a quem assiste!

Rompendo o ar sozinha na imensidão

Se retorcendo expressando minha dor

Faltam palavras pra dizer do teu valor

Lagrimazinha que por mim se atira ao chão.

Francisco Adenilson
Enviado por Francisco Adenilson em 28/05/2014
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