MINHA ARTE
A arte que eu tenho;
São encantos que sofri,
As fagulhas que eu consumi,
Nos arrepios de pele de onde venho.
A arte que eu sou;
São vozes, olhares e meneios,
Sentimentos, desejos e anseios;
Que um passado aprisionou.
A arte que eu creio;
Profetizei no passado!
Todo um agora enraizado,
Na solidão que hoje veio.
A arte que eu vivo;
Extraio das dores e dos prazeres;
Consumados nos olhares e dizeres,
Dos sonhos que alimentando sigo.