Corpo e alma
Corpo e alma
Morro à cada dia constantemente
Se minto p'ra mim, seria louco
A alma não mente,
Muito menos o corpo.
Morro e subo morros
Vales e montanhas
Em imaginárias fantasias!
Chego ao topo das entranhas...
Onde me deito em alegorias
Como se pétalas saindo do peito
Me acordasse depois da anestesia...
E me expulsasse do leito
Para parir Poesia..
O dia amanhece urgentemente
Colorindo a vida dos olhos
Na ponte do Poente
Ainda adormecido
Sinto que não me sinto
E que não sou Eu quem sente...
Na esquina dos pensamentos
Encontro palavras
Ainda umedecidas pelo orvalho da manhã
Colho letras como quem colhe flores
E vou perfumando a casa de Versos.
Teço fios de Palavras
Sugadas das veias
Como quem reza o terço
Ou feito aranhas
Tecendo teias...
Morro um pouco à cada dia
Na claridade das manhãs
Na subjetividade das palavras-amantes...
E num voo rasante feito agora
Pouso na felicidade
Feito outrora
Jogo à âncora!
E sinto tudo mais por dentro
Que por fora.
Tony Bahi@.