Corpo e alma

Corpo e alma

Morro à cada dia constantemente

Se minto p'ra mim, seria louco

A alma não mente,

Muito menos o corpo.

Morro e subo morros

Vales e montanhas

Em imaginárias fantasias!

Chego ao topo das entranhas...

Onde me deito em alegorias

Como se pétalas saindo do peito

Me acordasse depois da anestesia...

E me expulsasse do leito

Para parir Poesia..

O dia amanhece urgentemente

Colorindo a vida dos olhos

Na ponte do Poente

Ainda adormecido

Sinto que não me sinto

E que não sou Eu quem sente...

Na esquina dos pensamentos

Encontro palavras

Ainda umedecidas pelo orvalho da manhã

Colho letras como quem colhe flores

E vou perfumando a casa de Versos.

Teço fios de Palavras

Sugadas das veias

Como quem reza o terço

Ou feito aranhas

Tecendo teias...

Morro um pouco à cada dia

Na claridade das manhãs

Na subjetividade das palavras-amantes...

E num voo rasante feito agora

Pouso na felicidade

Feito outrora

Jogo à âncora!

E sinto tudo mais por dentro

Que por fora.

Tony Bahi@.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 26/05/2014
Reeditado em 28/05/2014
Código do texto: T4820962
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