old new year


 

Que os deuses tenham pena,
ao menos uma vez,
ou meia,
mas que a tenham.

Que a vida seja longa.
A morte, breve.

Que o sonho seja grande
O susto, leve.

Que a sorte seja sua.
(Mas não esqueça de ninguém,
principalmente,
dos que não a têm.)

Que eu pare de escrever a esmo,
só por ter um teclado à disposição,
sem disposição
para ser mais franco,
e preencha este agonizante branco
com coisas menos coisas,
um tanto reais.

Ser obrigado a estar à toa,
enquanto o tempo voa,
pros deuses até que é uma boa.

Pra mim,
já é demais.

Nada na tevê,
nada em você.

Quanta rima não ficou pra trás?






 
31/12/2001
Lucas de Meira
Enviado por Lucas de Meira em 26/05/2014
Reeditado em 11/10/2014
Código do texto: T4820292
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.