Nada que se deve ter
Olho o vento, mas o vento não se olha!
O vento não se toca.
O amor é assim, um vento também
Que chega ao toque leve
E se vai feito um sorrir breve.
Um toque, um cheiro;
E por fim um não ver.
O amor é mesmo assim
Tudo que se pode querer
E nada que se deve ter.
Estou pensando em você
E no vento que lhe trouxe
Estou pensando em flores
Em teu colo quente
E em tua boca doce.
Que se fez de seu destino?
Que será do meu?
Um vento de agora assopra
Mas não tem cheiro
E nem me toca.