Nada que se deve ter

Olho o vento, mas o vento não se olha!

O vento não se toca.

O amor é assim, um vento também

Que chega ao toque leve

E se vai feito um sorrir breve.

Um toque, um cheiro;

E por fim um não ver.

O amor é mesmo assim

Tudo que se pode querer

E nada que se deve ter.

Estou pensando em você

E no vento que lhe trouxe

Estou pensando em flores

Em teu colo quente

E em tua boca doce.

Que se fez de seu destino?

Que será do meu?

Um vento de agora assopra

Mas não tem cheiro

E nem me toca.

Xandy Bernardo
Enviado por Xandy Bernardo em 26/05/2014
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