[O passeio da solidão]

Aqui no Desterro, noite chuvosa e calma.

O ruído dos pneus no asfalto molhado me embala...

De repente, dá vontade de ir a todos os lugares

e também de não ir a lugar nenhum...

Por que eu levaria a minha solidão

para passear nesta chuva noturna?

Para doer... doer mais ainda?!

Perdido, e sem olhos para a noite!

Em momentos assim, se eu tentasse

contar a alguém quem eu [penso que] sou

e como cheguei a ter esse resumo de vida errado,

eu diria: há tempos, chutei a canela de Zeus!

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[Desterro, 23 de maio de 2014]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 26/05/2014
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