Da Nostalgia

O amor, que sorria feito criança...

que brincava de ser feliz, todo dia

hoje, vendo cansada, a alegria

chora, numa tristeza que não se cansa

um choro com lágrimas de poesia

ferindo o papel como uma lança

e que tenta ferir, mas não alcança

o poeta que, ferido, morreria.

Enquanto isso, a saudade avança

com sua ponta afiada e fria

mas a dor ainda não tem pontaria

só atinge o alvo da esperança

e o poeta, que tem a alma mansa

escreve um poema de nostalgia.

23-05-2014

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 25/05/2014
Reeditado em 11/12/2015
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