ÉS VIVO DO QUE EXISTE

Segura uma cruz

Tão pesada

Esta mesma cruz

Que tão bonita

Quis ter quando

Ficou grávida

Grave desde o início

O sacríficio

Vislumbra

Apenas a dor que vai

Carrega agora uma dor

De ombros

Deixando riscos

Linhas cegas de tempo

Escombros

Montantes

Despedaçados

Entrou muito depressa

no mundo

Que não vai lembrar

De você

Lembrará daquilo

Que deixou ser

Que trará as formas

Do infinito

Se voltar

Vais querer

Ir adiante

Entender do infinito

Ele está sempre ali

Como água entre

Seus dedos

Um pavil aceso

Quer procurar

O que vai explodir?