Menino poesia

Sangrada a ferida, fica a cicatriz,

com uma tatuagem por companhia,

para quem se faz em um aprendiz,

mas que sempre renasce a cada dia.

Com a crença fervorosa na jornada,

que acaricia o seu próprio coração,

inspirando-se numa fonte herdada,

do manejo da sua vara de condão.

Quando se sente preso num alçapão,

movem-se asas feridas, sem harmonia.

sem plano de voo para a libertação,

que possa romper com sua agonia.

quando adormece o menino poesia,

na ilusória cama de flores no jardim,

blinda-se a alma na estranha euforia,

cerram seus olhinhos como *Passarim.

Mas logo descortinam os raios solares,

sobre a varinha de condão da poesia,

sente no peito uma saudade dos lugares,

abre a janela para saudar mais um dia.

Toninho.

26/02/2014

Do mineirez Passarim: qualquer pássaro pequeno.

Toninhobira
Enviado por Toninhobira em 24/05/2014
Código do texto: T4818901
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