o silêncio do poéta
Eis que surgiu a interrogação
onde está a voz da poesia?
acaso parou seu coração?
será que agora se silencia?
a dúvida agora surgia
eis que paro a pensar
como será o seu dia?
ou a boca pôs-se a beijar?
hum ...isso trás nostalgia
pensar na boca calada
e que doce o gosto seria
daquela boca sendo beijada.
Oh silêncio poético meu,
que deixou-me a calar
como será sem o verso teu?
em meu silencioso caminhar.
Quero a voz da poesia
calando-me, olhos fechados
quero o som que me silencia
o beijo doce , que bom bocado...
Ah silêncio que me judia
diz-me algo que me contagia.
És um sopro dona poesia
em minha boca, uma fantasia.
Como calar um poeta?
Eis a dúvida e o sermão
é falar a palavra certa
ou um beijo no coração.
Cala-me poema dos loucos
venha, silencia-me então
perder as palavras aos poucos
quero o silêncio em minha mão.