o silêncio do poéta

Eis que surgiu a interrogação

onde está a voz da poesia?

acaso parou seu coração?

será que agora se silencia?

a dúvida agora surgia

eis que paro a pensar

como será o seu dia?

ou a boca pôs-se a beijar?

hum ...isso trás nostalgia

pensar na boca calada

e que doce o gosto seria

daquela boca sendo beijada.

Oh silêncio poético meu,

que deixou-me a calar

como será sem o verso teu?

em meu silencioso caminhar.

Quero a voz da poesia

calando-me, olhos fechados

quero o som que me silencia

o beijo doce , que bom bocado...

Ah silêncio que me judia

diz-me algo que me contagia.

És um sopro dona poesia

em minha boca, uma fantasia.

Como calar um poeta?

Eis a dúvida e o sermão

é falar a palavra certa

ou um beijo no coração.

Cala-me poema dos loucos

venha, silencia-me então

perder as palavras aos poucos

quero o silêncio em minha mão.

CIDA MOURA
Enviado por CIDA MOURA em 24/05/2014
Código do texto: T4818180
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.