A Sós com a Noite

Caminho a sós com a noite,

caminho sem pressa, soturnamente;

meus passos fazem canções lunares

e escuto as harpas soarem nos pensamentos.

Caminho com minha solidão noturna,

ao longe o uivo sombrio de um lobisomem

e as colinas estremecem em silêncio;

eu escuto violinos estratificando a inspiração.

Caminho na escuridão com olhar diuturno,

minha respiração ofegante balbucia a poesia

que faz reverências as estrelas no céu

que em um movimento imóvel sorriem.

Caminho a sós com a noite,

caminho por uma estrada infinita

por onde vou vislumbrando vidas que vem e vão;

mas, as impressões deixadas no éter são eternas.

Solitária e nostalgicamente à noite

adentra meus poros e minhas aspirações

deixando um vestígio vívido de um poema

que escorrerá dos dedos pela folha do caderno.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 24/05/2014
Código do texto: T4818129
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