Dedos De Prosa

Como um cão faminto que lambe as páginas de um livro,

O poeta, homem sofrido,

segue o caminho e os labirintos

das linhas de suas mãos.

Emoldura cada detalhe de seus sentimentos,

Cenas,

cria poemas desafiando e enganando a vida.

Essa é sua geografia

Sina.

Necessita de poucas coisas:

Mar, lua, violão, vinho tinto,

Alma de menino,

Coração e o carinho da mulher amada.

Todo o resto não interessa,

Não leva a nada,

Deseja apenas dedos de prosas de felicidade

e horas de folgas para sonhar.

Roberto Passos do Amaral Pereira
Enviado por Roberto Passos do Amaral Pereira em 24/05/2014
Código do texto: T4818050
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