FÊNIX - A Alkas

No início da madrugada de 24 de maio de 2014

Poema escrito em 26 de março de 2008

vaso vazio

pleno

do próprio vazio

vaso a saber

de cor

o vermelho do nome

nas trajetórias

do sangue

labaredas de nomes

cinzas de outros nomes

palavras

na exaustão dos dias

operárias

a fabricar memórias

em frascos de ausência

respiração arfante

grávidas palavras de fogo

a crepitarem

a fundirem

rama e raiz

palavras a acordarem

centelhas súbitas

de falsas mortas

fogo a consumir

a mesma ave

a mesma ave

a renascer

das próprias cinzas

ave absoluto vaso

pleno

do próprio vazio...

Abraço grande, amigo

REPUBLICAÇÃO.