Poema sem título

Poema sem título

Tenho asco de sorrisos sarcásticos,

De palavras que deveriam morrer no silêncio

Por segundos apenas, que roubam a paz.

Palavras diabólicas jazeriam no abismo

E sem escalada...

Deveriam beber cicuta, em vez de absinto

Quebrei as escadas...

Por isso às vezes, morro e não me sinto

E quero ser pedra...

Continuo cavando a sepultura

E cavalgando em jardins imaginários

Enquanto a minha língua é um túmulo

Pena que meus ouvidos não são cegos...

Mesmo assim:

Continuo me encantando

Com o flutuar dos beija-flores

E seus voos rasantes.

Esperando que o Sol apareça...

O que sinto fica latejando feito dor de cabeça.

Queria ser selvagem entre nuvens, vales e esquecimento

E vou a esses lugares, mas volto...

Com cortes cicatrizados nas veias

Fico bordando fios de Poesia

Como a aranha tece a teia.

Nuvens soluçam forte

Chove!

Cuido dos pés de alface

Feito espantalho, afastando corvos

E não me surpreendi quando fui corno

Mas nutre o desejo de defesa...

Me defendo com a delicadeza das rosas...

Penso que morro:

Mas não morro, padeço

Lenço e terço!

A língua, fica de fora

Feito cachorro ofegante

E os passos lentos

Como se tudo estivesse distante...

Corro feito cão selvagem

E sempre me deparo às margens

Nos horizontes das vertigens...

Queria estar entre céus

Nos véus da Poesia que me espreita

Saio dos trilhos...

Se o outro a ninguém respeita

Respeite das estrelas, o brilho.

Tony Bahi@.

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨Interação & Sintonia¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Às vezes meus olhos veem

O que nunca deveriam ter visto

E meus ouvidos ouvem

O que jamais deveriam ter ouvido

Mesmo assim, eu insisto...

Para ver luz

Preciso saber a escuridão

Para viver de emoção

Preciso por instantes da cruz

Corpos nus

Nem sempre têm almas nuas

Num mesmo céu pode haver mil luas

Como num pouco de carniça mil urubus!

Tudo vejo, tudo sinto, tudo percebo

Sou poeta desde o berço...

Por isso às vezes dói tanto

O que vai dentro do meu peito

Que a única cura é a poesia...

Na tristeza ou na alegria

Chego ao fundo do poço imerso na lama

E do mesmo jeito

Alço voo!

Flutuo entre o riso e o drama...

Mergulho em mim e escrevo!

Ane Rose.

Linda inspiração, querida Ane Rose, venha sempre empolgada.

Beijo amore, carinho...tony.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 23/05/2014
Reeditado em 26/05/2014
Código do texto: T4816677
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