IN-DIFERENTE
Não odeio, mas também não amo,
sou humano.
Pra ser honesto, eu contesto
tanto quem diz que não presto
quanto quem diz que presto.
Muitas vezes sangro,
outras vezes singro
um mar de culpa
por fazer alguém sangrar.
Aprendi a ser crente desacreditando
e a ter desesperança sem desesperar.
Não tenho condições de ser incondicional,
ao mal que me fizerem,
não pagarei com bem, nem com mal,
em tudo,
o meu escudo
é ficar mudo
e minha única sentença
é a indiferença.