POEMIX
brasileiro é brasa
queimistura total
num forno grandelícia
pudim pé-de-moleque
em banho maria josé
a nossa fênix dá silva
renasciência
do jeitinho
de queimar dificuldades
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a gueixa sambando
miudinho
a mulata abanando o leque
que nem abunda
a claymore berseker
a katana samurai
a peixeira nordestina
um punhal made in china
de pé
continência
do exército
universal
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cansado de tanto
mimimi
saturado do santo
blablablá
resolveu ... por aí
acabou-se ...
(ah tá)
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a cadeira é aquele
exemplo universal
multidisciplinar
o poema é um protesto
abaixo à opressão dos explicadores
da preguiça não-criativa
da falta de exemplos
um dia virá
a revolução das cadeiras
vou esperar sentado
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ai meu deus
essa dor no peito
e se eu morrer
meu laudo lá
asfixia por falta de ar-te
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as pás
cavando
o sentido mais o 'mas
é
deixei aspas
pa trás
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o brasil é livre
o brasil e a liberdade
de ser o que quiser
só dele apenas dele ele ele
il il il
(eis as sirenes a mil)
a desliberdade de ser
o que os outros rotulam
brasil brasileiro do jeitinho
na bunda da mulata jogando futebol
na praia do rio debaixo da garoa de sampa
gol na cangaceira de jampa na seca da paraíba
mulé macho sim sinhô comendo a carne nua
boi de parintins com chimarrão e sorvete de jacaré
é do brasil
il il il
(aquelas sirenes de agora
infelizmente cada vez
menos serenes)
armaria, nãm
o brasil e a lealdade ao jeitinho
jeito de fazer do jeito mais brasileiro
daquele jeito
a batida
nem que seja
desleal à própria batida
na casa do seu zé
o silêncio quase impossível
porque o brasil precisa se mexer
mas não muito
pra evitar a fadiga
morrer na redeboas
velho e senil
é o brasil
il il il
(olha a sirene de novo
o brasil no hospital
sorte ser um brasil fênix
que renasce no final
se ressurge de si mesmo
antes da hora fatal)
a última geração do brasil
quis ser o país do futuro próximo
outras foram a do futuro distante
algumas a do futuro inalcançável
eu do futuro qualquer
e você do futuro nenhum
no país da mistura
passada pelo presente
esse poema é do brasil
uma mistura de poemas
vindos da ponte que partiu
um poemix desamarelazul
a mil
pátria armada
di versos
brasil
il il il
(aquelas cirenes de sempre)
teje preso seu brasil
em flagrante
seu crime é ser você mesmo
um pedaço de você e dos outro tudo junto
e misturado sua frankimerinstein
cadê o resto dos outros aqui
e cadê tu no meio dos outros?
e cadê o baiano? e cadê o paraíba?
e cadê o cabra da oca isolada dos caraíba?
um dia você morre
e seus parentes vem se vingar
comendo nossa carne com chimarrão
e sorvete de jacaré
armaria, não
Dija Darkdija